A CURA

Sidney Fernandes 1948@uol.com.br

Em existência anterior, Cláudio abusou de seu poder e esmagou Celso, prejudicou sua esposa e filhos e tornou sua vida um inferno. O perseguido, ao expirar, somente respirava vingança.

Da erraticidade, localizou seu verdugo, agora em nova encarnação.

A sanha destruidora de Celso atingiu a razão, a saúde física e a alma de Cláudio, que buscou socorro médico. Impotente, a ciência humana concluiu por causas desconhecidas.

Instituição socorrista diagnosticou o grave processo obsessivo. Alexandre, o recepcionista designado para acompanhar o caso, ficou condoído com a precária situação de Cláudio e o encaminhou para o tratamento fluidoterápico. Em reunião dedicada ao trato de espíritos obsessores, expôs sua comiseração.

— Noto que o irmão passou a nutrir crescente ojeriza pelo perseguidor, diante das mazelas que vem provocando — disse o mentor espiritual.

— Se me permite a sinceridade, nunca encontrei espírito tão maléfico — desabafou Alexandre.

— Este caso merece cuidados especiais. Você não conhece esta situação desde o princípio.

Alexandre percebeu a elevação espiritual do mentor e ouviu suas ponderações.

— Como poderemos ajudar nossos protagonistas? — perguntou.

— Orem por ambos, pois precisam de ajuda imediata. Vou consultar meus superiores e depois lhes darei notícias.

Passados trinta dias, Alexandre foi procurado novamente por Cláudio. Estava mudado, sorridente, denotando grande alívio. Sumiram as perturbações, sua saúde estava ótima e tudo estava correndo bem, em sua casa e em seu trabalho.

— Foram os passes que vocês me aplicaram!

O entrevistador sorriu, mas sabia que não era bem isso que havia ocorrido. A solução definitiva para aquele caso grave somente iria acontecer se os personagens se reconciliassem. Alexandre voltou a consultar o dirigente espiritual.

— Estava esperando por sua presença para conversarmos — disse o mentor para Alexandre. Você deve estar intrigado com a melhora de Cláudio, não é isso?

— Sim, sim — respondeu o atendente. Uma mudança extraordinária, que trouxe alívio para o nosso paciente e sua família. E como está Celso, o obsessor? Foi levado para instituições socorristas?

— Ao contrário, está por aqui mesmo, mais ligado do que nunca a Cláudio e sua família.

— Ué, então não estou entendendo. Finalmente aquietou seu espírito e entendeu que a vingança o estava prejudicando também?

— Não sabíamos mais como atender Cláudio e sua família. Quando Celso lhe dava alguma trégua, o obsidiado retomava a conexão entre ambos. Se Cláudio tropeçava na rua, pensava no obsessor. Se a cabeça doía, culpava o espírito. Encontramos uma solução natural para Celso, Cláudio e sua família.

— Que solução? — perguntou, curioso, Alexandre.

— Laços fluídicos mais profundos agora ligam o acompanhante invisível à família antes perseguida. Brevemente, o outrora obsessor, com a bênção dos mentores maiores, renascerá como filho querido, necessitado de carinho e compaixão

Encantado com a sábia providência da espiritualidade, Alexandre sorriu. O obsessor descansou. O obsidiado e sua família descansaram. Os benfeitores descansaram.

Transformar obsessores em filhos, com a bênção da Providência Divina, para que haja paz nos corações e equilíbrio nos lares, muita vez, é a única solução.

Hilário Silva

Referências: Caminho Espírita, Espíritos Diversos; Religião dos Espíritos, Emmanuel; Pão Nosso, Emmanuel; O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Que é o Espiritismo, Allan Kardec; A Loucura Sob Novo Prisma, Bezerra de Menezes.

A CICLOTIMIA HUMANA

Sidney Fernandes 1948@uol.com.br

Por Sidney Fernandes

E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou-lhes, dizendo:

Quem diz a multidão que eu sou?

E, respondendo eles, disseram:

João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou.

E disse-lhes:

E vós, quem dizeis que eu sou?

E, respondendo Pedro, disse:

O Cristo de Deus.

Lucas, 9:17-20

Não obstante o comprometimento da fidelidade dos textos bíblicos, provocado pelo tempo e pela imperícia dos copistas ou por conveniências políticas e religiosas, o estudo das palavras atribuídas a Jesus nos oferece preciosas reflexões, que somente agora, séculos mais tarde, podemos tentar entender e interpretar, mesmo assim, auxiliados por exegetas do evangelho do porte de Emmanuel, por exemplo.

Mais parecemos o querido missionário Chico Xavier, quando, com a idade de pouco mais de vinte anos, psicografou a monumental obra Parnaso de Além-Túmulo.

Mas, eu sou um pobre rapaz do mato — dizia Chico no início do seu apostolado, sem entender direito o porquê de tantos comentários em torno da sua obra.

Assim ainda estamos nós, tateando, tentando entender Jesus, assim como Chico Xavier, no começo, procurava interpretar as complicadas comunicações dos eruditos literários portugueses e brasileiros que retornavam.

***

 Quem diz a multidão que eu sou? — indagou Jesus aos discípulos?

Não raramente Jesus era confundido com seu primo, João Batista, que viera para anunciá-lo. O interessante é que os interlocutores, em sua resposta, não apenas se referiram ao filho de Isabel, como também a outros, já mortos, como Elias, ou outros profetas. Sinal claro de que aceitavam a reencarnação.

— E vós, quem dizeis que eu sou? — ao que Pedro respondeu, sem vacilar: O Cristo de Deus.

É necessário que o filho do homem — disse Jesus, referindo-se a si mesmo, para deixar claro que não era Deus — sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes sacerdotes e escribas, seja morto e ressuscite no terceiro dia.

Chegamos a um dos pontos mais críticos do evangelho. Se minutos antes, diante da decidida aceitação de Jesus como o enviado dos céus, Pedro havia recebido dele um rasgado elogio, pois trouxera a público o fruto de uma revelação divina, oriunda de entidades superiores, agora mudava de tom.

Deus não o permita, Senhor. Isso de modo algum te acontecerá.

Pronto! Estava feito o estrago. Pedro não resistira ao impacto daquela infausta notícia e, consubstanciando a crença geral de que Jesus seria o Messias que viria virar a mesa, com a espada na mão, para exaltar o povo de Israel como dominador dos povos, reagiu peremptoriamente.

Não passava pela cabeça de Pedro, mesmo reconhecendo o Mestre o escolhido, o anunciado, e o ungido, que ele viesse exaltar a paz, o entendimento, o perdão e a renúncia.

— Afasta-te de mim! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim, das coisas dos homens — advertiu-o Jesus.

***

Caracterizava-se, em Pedro, o que poderíamos chamar de ciclotimia do homem. Isto é, num instante, somos cordatos, pacientes, humildes e calmos. No momento seguinte, somos beligerantes, intransigentes e agressivos.

Para Jesus aquele contraste não era novidade, pois que conhecia muito bem as nuances que caracterizavam — e até hoje persistem — a figura humana, como das suas mais expressivas contradições.

Mudamos de ânimo, oscilando entre o bem e o mal, o entendimento e a discórdia, mais depressa do que trocamos de vestimenta. E essa fragilidade de comportamento caracteriza bem um dos maiores problemas de relacionamento entre os homens.

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O orvalho num lírio alvo é diamante celeste, mas, na poeira da estrada, é gota lamacenta.

Neio Lúcio, em Jesus no Lar

Como está o nosso recipiente, diante das gloriosas exaltações da Doutrina Espírita, em sua missão de resgate das verdades cristãs?

Receptivo, guardando com cuidadoso zelo em nosso íntimo as revelações divinas, para o uso adequado nos momentos bons e nos tropeços das dificuldades? Ou misturado com nossas imperfeições, que, nos momentos mais críticos, contaminam a pureza dos bens recebidos da espiritualidade?

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Emmanuel faz o diagnóstico do comportamento ciclotímico humano, chamando-o, n’ O Livro da Esperança, de meio bem.

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Portadores do meio bem, diz Emmanuel, são aqueles que admiram o amor ao semelhante, mas continuam com o apego próprio. Ajudam na administração, mas exigem favores e privilégios. Financiam tarefas beneficentes, mas cobram gratidão e criam problemas. Alimentam necessitados, mas exigem retribuição. Tomemos cuidado com o sistema do meio bem, permitindo que o mal envenene as boas obras. O bem pede doação total para que se realize no mundo o bem de todos.

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Iniciamos este artigo exaltando a fibra, a persistência, a tenacidade e a disciplina de Francisco Cândido Xavier que, apesar de ter sido taxado de medíocre, de portador de precária instrução escolar e de pobre caboclo, deu mostras de extraordinária capacidade intelectual.

Indagará o amigo leitor se Chico Xavier não tinha seus momentos de ciclotimia —, isto é, se não era ora feliz e otimista, ora ansioso e triste e, no mais das vezes sofrendo as dores de suas doenças. Sim, é bem provável que sim. Mesmo aí, em seus momentos difíceis, todavia, o mineirinho de Pedro Leopoldo nos proporcionou preciosos exemplos:

Não sei dizer quantas vezes eu vim para a reunião com uma certa tristezaOuvindo a dor de tanta gente, a minha era insignificante.

Chico Xavier

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E Hippolyte Léon Denizard Rivail? Teve seus momentos de instabilidade emocional?

Perguntou-lhe o personagem Ronan Du Bois, em meu livro Luzes em Paris:

Professor, os homens não o poupam de críticas, das mais ferinas, sobretudo sobre suas ideias mais recentes. Como o senhor consegue se manter em condições propícias para dar continuidade à sua grande obra?

Respondeu Allan Kardec:

Quando me sobrevém uma decepção ou contrariedade qualquer, procuro me elevar pelo pensamento, coloco-me acima da humanidade e antecipadamente na região dos Espíritos. E desse ponto culminante, donde diviso um dia minha chegada, as misérias da vida deslizam por sobre mim sem me atingirem. Esse meu modo de proceder já se tornou tão habitual que os gritos dos maus não mais me perturbam.

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Espelhemo-nos nos exemplos de Allan Kardec e de Chico Xavier — cujos percalços eram infinitamente superiores aos nossos —, e em Jesus — por seus injustos sofrimentos vividos no drama do calvário —, sem nos esquecermos de que os três encontravam-se em patamar evolutivo muito acima do nosso.

Eventuais vacilos, altos e baixos e ciclotimias, representarão fraquezas a serem evitadas com a velha fórmula cristã:

Orai e vigiai, para não cairdes em tentação.

Mateus, 26:41

E para encerrar, que tal atentarmos para o conselho de um humorista que muito nos alegrou e que muito nos ensinou?

— Há um provérbio chinês que diz o seguinte: “a preocupação é uma ave que pousa na nossa cabeça. A sabedoria da vida é não deixar que essa ave faça ninho”.

Agildo Ribeiro

Uma Caixa Mágica

Sidney Fernandes 1948@uol.com.br

Uma garota de 14 anos está sentada em frente a uma mesa redonda e segura uma cesta, com um lápis encaixado em sua parte inferior. Ela está, aparentemente, desenhando espirais, que se transformam em letras, que tomam a forma de palavras, criteriosamente analisadas por vários homens elegantes que a cercam.

Ela estranha a seriedade daqueles senhores e, de vez em quando, ri, descontraidamente. Assim como ela, que se chama Julie, e sua irmã, Caroline, 16 anos, da família Baudin, também se dedicam Ruth Japhet e Aline Carlotti, ambas com 20 anos, à nobre arte de escrever, sob a inspiração dos mortos.

Por intermédio das jovens Julie e Caroline, surgiu o primeiro O Livro dos Espíritos, com 501 perguntas e respostas, que, consolidadas pelo Professor Rivail, um daqueles atentos senhores presentes na sala de uma fina Mansão de Paris do século XIX,  criou o Espiritismo. [1]

***

Ao assistirmos ao filme dirigido por Wagner de Assis, Kardec – a história por trás do nome, emocionados, tomamos consciência das dificuldades operacionais por que passou o codificador, na heroica tarefa que abraçou.

Para começar, não dispunha de boa iluminação, submetia-se a baixas temperaturas invernais e não possuía, sequer, uma máquina de escrever.

Seus textos eram todos manuscritos, a bico de pena, muito distantes, ainda, da primeira caneta-tinteiro, que somente surgiria em 1884, e mais distantes ainda do computador, da Internet e do Google, que tanto facilitam, hoje, a nossa vida de escritor.

Não obstante torpedeado por todos os lados pela imprensa, pela igreja, pelos materialistas e até mesmo por correligionários, iniciou-se no intercâmbio com o Além, propôs milhares de indagações aos inteligentes espíritos que o assistiam e provou a anterioridade e a continuidade da vida, além da existência física.

Sua marca maior foi a razão, bafejada pelo que denominava Controle Universal das Manifestações, através de inúmeras consultas a médiuns das mais diversas origens, da França ou fora dela.

Não nos esqueçamos da questão financeira. Os primeiros livros foram bancados integralmente por ele, Rivail, que — pasmem, amigos leitores — abriu mão de seu conceituado nome de professor e tradutor, em favor de uma assinatura — Allan Kardec — potencialmente um fracasso de vendagem, pela situação incógnita e de total obscurecimento no meio intelectual parisiense.

Lembremo-nos das composições gráficas, das revisões e dos acertos, na unha, sem qualquer equipamento e apoio, a não ser o da culta e doce esposa Professora Amélie Boudet, tudo com muito cuidado, pela grandiosa tarefa de que sabia ser responsável.

***

Fiquemos com Richard Simonetti:

— Tão grandiosa quanto a própria Codificação foi a ação do Codificador.

— “O Livro dos Espíritos” é uma caixa mágica que deve estar sempre aberta em nossas mãos, porquanto libera dons sagrados de conforto e esclarecimento que, muito mais do que uma simples esperança, oferecem-nos segurança diante da vida e alegria de viver.

— Nele está o substrato da sabedoria humana, que nos permite ensaiar um comportamento melhor, uma visão mais ampla de nossas necessidades, uma participação mais ativa pela construção de um mundo melhor.

— Vivenciá-lo plenamente é desafio para séculos de esforço e dedicação. Divulgá-lo não exige tanto assim. Apenas um pouco de boa vontade.

[1] Texto condensado e adaptado de Os bastidores de “O Livro dos Espíritos”, Superinteressante, 30/6/2018.

MENSAGEM SOBRENATURAL

Sidney Fernandes 1948@uol.com.br

Renato e Soraya conheceram-se na universidade. Bons alunos, logo se identificaram e começaram a estudar juntos. Em pouco tempo estavam namorando. Raramente entravam em atritos. Pequenas discordâncias eram resolvidas com troca de mensagens entre celulares. Até que, em determinado dia, mal-entendido provocado por colegas irresponsáveis criou clima desagradável entre eles.

Tinham um pacto. Seguiam um velho conselho das avós norte-americanas: O melhor conselho é encontrado no travesseiro. Realmente, depois de uma noite bem dormida, pessoas mudam de ideia.

Não foi o que aconteceu com Renato daquela vez. Resolveu fazer um rascunho, de próprio punho, relê-lo e depois remeter mensagem pelo celular.

Colocou diante de si uma folha de papel e escreveu:

— Querida Soraya.

Nenhuma palavra mais lhe acorria à mente.

Todas as vezes, contudo, que as feridas de nossa alma são expostas, elas liberam um odor perigoso, que pode atrair vibrações doentes que guardam afinidade com as mágoas.

De repente, involuntariamente, começou a escrever:

Você é demasiado bela e se acha rodeada de demasiados admiradores para que eu possa dizer que não a amo. Isto é tudo! Vou me afastar de você.

Quando Renato releu o bilhete, ficou absurdamente perplexo. De onde teriam vindo aquelas desventuradas palavras? Não era isso o que pensava. Ao contrário, amava Soraya de todo o coração e jamais poderia lhe mandar semelhante absurdo.
E aquela letra não era a sua. Teria sido induzido por algum espírito ferino a estraçalhar a alma de sua amada?

Inadvertidamente, sua ira havia atraído alguma entidade infeliz. Encarou a comprometedora comunicação como um alerta do céu para que voltasse ao equilíbrio. Felizmente, prevaleceram a ponderação, os bons sentimentos e rígidos princípios morais, e ele não enviou a mensagem. No dia seguinte, foi acordado com uma carinhosa mensagem de Soraya. As coisas haviam sido esclarecidas naturalmente e ela estava ansiosa por revê-lo.

***

Ensina-nos a Doutrina Espírita que o exame cuidadoso, a ponderação e a análise criteriosa de nossos pensamentos e expressões rejeitam o que foge da lógica e do bom senso. O recolhimento é o melhor conselheiro para obtermos relações com espíritos sérios, cuja presença, por si só, desestimula a atração de espíritos doentes, zombeteiros ou malfazejos.

A Alma e o Invisível

Sidney Fernandes 1948@uol.com.br

A ALMA E O INVISÍVEL

Desde que o homem atingiu o princípio da racionalidade, a maior descoberta que fez sobre si mesmo foi a de que possui, além do corpo físico, um duplo espiritual, ou seja, todos somos dotados de alma.

O homem é simplesmente um espírito aprisionado num corpo. Por que motivo um espírito livre da carcaça física não poderia se comunicar conosco, assim como visitamos os prisioneiros da Terra? Não é compreensível que um ente querido, que nos amou e continua nos amando, cuja morada atual é a esfera espiritual, queira se comunicar conosco, desde que haja permissão dos superiores e meios adequados para isso?

É justamente no Cristianismo nascente que a mediunidade atinge pontos mais expressivos na história da humanidade. Vários discípulos se converteram em autênticos médiuns da Antiguidade.

Um dos fenômenos mediúnicos mais expressivos da história evangélica foi a faculdade da clarividência, o momento em que Paulo de Tarso viu Jesus, às portas de Damasco. A narrativa é surpreendente, pois descreve um resplendor de luz do céu, em plena luz do dia. Além disso, também a audição — faculdade mediúnica que permite captar sons e vozes do plano espiritual —, quando ele ouve claramente a voz de Jesus:

Saulo, Saulo, por que me persegues?

A partir desse momento, o teimoso Saulo, diante da cegueira que o acometeu, somente conseguiu dizer:

Quem és, Senhor?

E falou Jesus:

Eu sou Jesus, a quem tu persegues.

Tremendo e atônito, disse Saulo:

Senhor, que queres que eu faça?

A partir daí ele recolheu as instruções do Mestre e entrou na cidade de Damasco Atos, 9:3-8.

André Luiz dá sequência ao seu esforço de consolo, restauração, medicação e alimento para nossas almas, contido em suas obras com a explicação espírita da mediunidade, com o corpo de ideias que apresenta.

A mediunidade — ensina André Luiz — à luz da Doutrina Espírita, revive a Doutrina de Jesus, no reconhecimento de que não basta a observação dos fatos em si, mas também que se fazem indispensáveis a disciplina e a iluminação dos ingredientes morais que os constituem, a fim de que se tornem fatores de aprimoramento e felicidade, a benefício da criatura em trânsito para a realidade maior (Mecanismos da mediunidade, de André Luiz).

A lógica irretorquível do Espiritismo proporciona calma, segurança e fortalece a convicção na existência de forças que nos circundam e nos influenciam, para o bem, ou para o mal, dependendo de nossos procedimentos. Ela nos dá certeza da reação do universo ao modo como conduzimos a nossas vidas. A Doutrina Espírita é o porto seguro para o seguro diagnóstico da sensibilidade mediúnica.