A Alma e o Invisível

A ALMA E O INVISÍVEL

Desde que o homem atingiu o princípio da racionalidade, a maior descoberta que fez sobre si mesmo foi a de que possui, além do corpo físico, um duplo espiritual, ou seja, todos somos dotados de alma.

O homem é simplesmente um espírito aprisionado num corpo. Por que motivo um espírito livre da carcaça física não poderia se comunicar conosco, assim como visitamos os prisioneiros da Terra? Não é compreensível que um ente querido, que nos amou e continua nos amando, cuja morada atual é a esfera espiritual, queira se comunicar conosco, desde que haja permissão dos superiores e meios adequados para isso?

É justamente no Cristianismo nascente que a mediunidade atinge pontos mais expressivos na história da humanidade. Vários discípulos se converteram em autênticos médiuns da Antiguidade.

Um dos fenômenos mediúnicos mais expressivos da história evangélica foi a faculdade da clarividência, o momento em que Paulo de Tarso viu Jesus, às portas de Damasco. A narrativa é surpreendente, pois descreve um resplendor de luz do céu, em plena luz do dia. Além disso, também a audição — faculdade mediúnica que permite captar sons e vozes do plano espiritual —, quando ele ouve claramente a voz de Jesus:

Saulo, Saulo, por que me persegues?

A partir desse momento, o teimoso Saulo, diante da cegueira que o acometeu, somente conseguiu dizer:

Quem és, Senhor?

E falou Jesus:

Eu sou Jesus, a quem tu persegues.

Tremendo e atônito, disse Saulo:

Senhor, que queres que eu faça?

A partir daí ele recolheu as instruções do Mestre e entrou na cidade de Damasco Atos, 9:3-8.

André Luiz dá sequência ao seu esforço de consolo, restauração, medicação e alimento para nossas almas, contido em suas obras com a explicação espírita da mediunidade, com o corpo de ideias que apresenta.

A mediunidade — ensina André Luiz — à luz da Doutrina Espírita, revive a Doutrina de Jesus, no reconhecimento de que não basta a observação dos fatos em si, mas também que se fazem indispensáveis a disciplina e a iluminação dos ingredientes morais que os constituem, a fim de que se tornem fatores de aprimoramento e felicidade, a benefício da criatura em trânsito para a realidade maior (Mecanismos da mediunidade, de André Luiz).

A lógica irretorquível do Espiritismo proporciona calma, segurança e fortalece a convicção na existência de forças que nos circundam e nos influenciam, para o bem, ou para o mal, dependendo de nossos procedimentos. Ela nos dá certeza da reação do universo ao modo como conduzimos a nossas vidas. A Doutrina Espírita é o porto seguro para o seguro diagnóstico da sensibilidade mediúnica.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *